quarta-feira, 21 de setembro de 2022

AFPTEA realiza Mesa-Redonda em alusão ao Setembro Verde

Este é o segundo evento realizado pela Associação. O primeiro aconteceu no Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 02 de abril

Por Elma Asobrab 

Foto: Arquivo AFPTEA

    Em alusão ao Setembro Verde, mês de conscientização da necessidade de inclusão da pessoa com deficiência (PcD), a Associação de Familiares da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista - AFPTEA - realizou, nesta quarta-feira, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21.09), um bate-papo entre ativistas e profissionais, da área da saúde e da educação, para falar sobre inclusão, direitos e políticas públicas para as PcD.

Foto: Blog Noticiar
    A Mesa-Redonda traz em seu título, de forma explícita, também o seu objetivo. Intitulado "Unidos pela Inclusão - Um convite a reflexão sobre o papel da sociedade!", a roda de conversa busca ressaltar a importância da união em prol de políticas públicas, assim como, fazer a sociedade izabelense, refletir seu papel na luta pela inclusão das PcD, bem como buscar informações sobre o assunto, a fim de que, quebrem-se preconceitos e possibilitem o direito garantido aos deficientes.

   Para a Presidente da AFPTEA, Suellen Brito, a Associação faz um trabalho social de grande importância na cidade de Santa Izabel, onde está situada, pois, oferece aos familiares de pessoas com o transtorno do Espectro Autista (TEA) o acolhimento necessário, para que estas recebam com mais leveza o diagnóstico e para que a aceitação seja mais fácil.

    Conforme Suellen, a AFPTEA também realiza o papel do poder público, pois são eles quem estão fazendo o levantamento de dados, para que se tenha uma estatística das pessoas com TEA em Santa Izabel. Dados esses desconhecidos por todos os órgãos que trabalham com a causa. "Quando tentamos saber quantas pessoas autistas, quantas famílias de autistas existiam aqui, ninguém, nenhum órgão soube nos informar, pois não possuíam dados. Ao informamos a eles, a quantidade de famílias integrava nosso grupo de WhatsApp, eles ficavam surpresos e diziam não ter a noção, de que havia tantos autistas em Santa Izabel".

    Dois dos palestrantes eram deficientes. Thiago Costa, que é pedagogo e ativista, tem paralisia cerebral e estava representando a comunidade dos deficientes físicos. Para ele, a forma como a família age, quando descobre a deficiência de sua criança, é muito importante, pois só conseguiu superar os desafios e quebrar as barreiras, graças a maneira como sua mãe sempre o tratou, respeitando suas limitações, mas, sem vê-lo como incapaz. O ativista, também trouxe para o debate, a necessidade de garantia dos direitos da pessoa deficiente. "Os direitos existem, eles estão aí, o que falta é termos a garantia de usufruí-los, que nos assegurem o uso deles", disse o ativista.

    Luan Gusmão, representante da comunidade surda, é biólogo. Acompanhado de sua mãe e intérprete, Leila Gusmão, ele falou das dificuldades, que os surdos enfrentam no ambiente educacional, desde a alfabetização, até mesmo na faculdade, além da falta de oportunidade de emprego, pois as empresas não estão preparadas para recebê-los. Leila, ressaltou a necessidade de um acompanhamento intensificado nas escolas. "Eles precisam de apoio durante todo o turno, não apenas, naquela hora em que estão no atendimento especializado do AEE", desabafou.

Foto: Blog Noticiar

  Uma das participantes, que estava na plateia, falou sobre a importância da presença das famílias, ditas normais, nesse tipo de evento, para que elas tenham o conhecimento das lutas, que as mães de autistas enfrentam diariamente. Outra, defendeu a importância de criar uma lei, que transforme a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em disciplina obrigatória da grade curricular comum, assim, como Língua Portuguesa.

    Luan agradeceu, aos realizadores da Mesa-Redonda, pelo apoio ofertado a ele e aos surdos presentes. Durante todo o evento, houve uma intérprete de Libras. "Já fui convidado a vários debates, iguais a este, mas, eles nunca tinham alguém para me dar o suporte necessário. Eu tinha que contyar apenas com minha mãe", afirmou o biólogo.

     

    SERVIÇO: 

    Instagran: gfaptea_sip

    Presidente: Suellen Brito (91 99215-7515)

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