domingo, 21 de maio de 2023

Projeto "Te Sai Covid" amplia cobertura vacinal no arquipélago do Marajó.

Com foco no combate às fakes news e ampliação da campanha vacinal, a terceira edição do Te Sai Covid mobiliza jovens dos municípios do Marajó.

Por Assessoria de Comunicação

Grupo focal do projeto “Te Sai Covid” em Gurupá, Marajó.

    Diminuir os impactos da COVID-19 nos municípios do Marajó, a partir da mobilização de jovens e publicação de mensagens de comunicação visando o aumento da vacinação e combate às fake news, são os principais objetivos do projeto “Te Sai Covid”. A partir do conhecimento local e contexto vivido pelas comunidades dos municípios, o Te Sai Covid articula com vários setores da sociedade, em parceria com as secretarias municipais de Educação, Saúde e Assistência Social. O projeto é uma realização do Instituto Peabiru, com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), NPI Expand Brasil e a SITAWI.

    Nas primeiras etapas do projeto, foram realizados “Encontros Focais” presenciais, com um total de 123 adolescentes mobilizados nos municípios de Salvaterra, Soure, Gurupá, Afuá, Chaves e Ponta de Pedras. Os encontros debateram sobre a COVID-19, de maneira lúdica, com roda de conversa e jogos educativos e abriu espaço para que os adolescentes pudessem expor de maneira leve e interativa suas percepções sobre a COVID-19 e suas formas de cuidado e prevenção.

    Para o gerente do projeto, Edgar Barra, o “Te Sai Covid” busca uma resposta ainda mais efetiva contra a COVID-19. “Devido ao afrouxamento das medidas de prevenção, a COVID-19 foi saindo dos holofotes, foi saindo da prioridade, mas, especialmente também em função das notícias falsas. Então, o projeto tenta resgatar isso, ao apoiar as equipes municipais e promover o melhor engajamento dessas equipes na resposta ao vírus”, explicou.

    “Esperamos que Marajó consiga superar melhor os indicadores baixos de cobertura vacinal contra a COVID-19, e a gente espera, de fato, ao final desse processo, ao final desse primeiro semestre de 2023, ter melhores números nos municípios com o apoio do projeto”, disse.

    Para o Secretário de Saúde do município de Salvaterra, Waldemir Junior, o apoio do Projeto tem sido fundamental no combate ao vírus. “Estamos felizes com o apoio do Te sai Covid, para nós toda ajuda é bem-vinda. Espero que com a ajuda do projeto, principalmente com a comunicação, a gente consiga a adesão de mais pessoas na campanha vacinal”, comemorou.

    Davi Muniz, 15 anos, do município de Gurupá, Marajó é um dos adolescentes que faz parte da mobilização. Residente do Quilombo "Maria Ribeiro", Davi participou de uma das estratégias do projeto, o “Encontro Focal". 

Foto: Acervo do Projeto "Te Sai Covid"

    Minha primeira experiência com o projeto ‘Te Sai Covid’ foi quando eles vieram aqui no interior convidando para participarmos em Belém, para falar sobre a pandemia e sobre nossas experiências e agora eles voltaram. Participei de novo. O projeto é importante porque fala sobre a COVID-19. Porque, infelizmente, ela não acabou e não vai acabar, já vai ser uma coisa do cotidiano. A gente vai ter que, toda vez, tomar vacina para se proteger desse vírus. Vai ser parte da nossa vida. Então é muito importante a gente continuar falando sobre isso, por isso gosto muito do projeto do “Te Sai Covid”, comemorou.
 
 
SOBRE O "TE SAI COVID"

    O projeto trabalha na mobilização a partir do conhecimento local e do contexto vivido pelas comunidades. Os resultados desses encontros apoiam a construção de uma Campanha de Comunicação, para que a informação da importância da vacinação chegue também nessas localidades.

    O foco do projeto está na mobilização e engajamento dos jovens, como Davi Muniz e Chrislane Oliveira, que são verdadeiros agentes de mudança. Outros setores como Saúde e Educação, além de lideranças comunitárias também são mobilizados. O projeto envolve vários setores da sociedade, em parceria com as secretarias municipais de Educação, Saúde e Assistência Social dos municípios do Marajó. 
 
    Assessoria de Comunicação: Michele Lobo (91 98361-1864)

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

AFPTEA realiza Mesa-Redonda em alusão ao Setembro Verde

Este é o segundo evento realizado pela Associação. O primeiro aconteceu no Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 02 de abril

Por Elma Asobrab 

Foto: Arquivo AFPTEA

    Em alusão ao Setembro Verde, mês de conscientização da necessidade de inclusão da pessoa com deficiência (PcD), a Associação de Familiares da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista - AFPTEA - realizou, nesta quarta-feira, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21.09), um bate-papo entre ativistas e profissionais, da área da saúde e da educação, para falar sobre inclusão, direitos e políticas públicas para as PcD.

Foto: Blog Noticiar
    A Mesa-Redonda traz em seu título, de forma explícita, também o seu objetivo. Intitulado "Unidos pela Inclusão - Um convite a reflexão sobre o papel da sociedade!", a roda de conversa busca ressaltar a importância da união em prol de políticas públicas, assim como, fazer a sociedade izabelense, refletir seu papel na luta pela inclusão das PcD, bem como buscar informações sobre o assunto, a fim de que, quebrem-se preconceitos e possibilitem o direito garantido aos deficientes.

   Para a Presidente da AFPTEA, Suellen Brito, a Associação faz um trabalho social de grande importância na cidade de Santa Izabel, onde está situada, pois, oferece aos familiares de pessoas com o transtorno do Espectro Autista (TEA) o acolhimento necessário, para que estas recebam com mais leveza o diagnóstico e para que a aceitação seja mais fácil.

    Conforme Suellen, a AFPTEA também realiza o papel do poder público, pois são eles quem estão fazendo o levantamento de dados, para que se tenha uma estatística das pessoas com TEA em Santa Izabel. Dados esses desconhecidos por todos os órgãos que trabalham com a causa. "Quando tentamos saber quantas pessoas autistas, quantas famílias de autistas existiam aqui, ninguém, nenhum órgão soube nos informar, pois não possuíam dados. Ao informamos a eles, a quantidade de famílias integrava nosso grupo de WhatsApp, eles ficavam surpresos e diziam não ter a noção, de que havia tantos autistas em Santa Izabel".

    Dois dos palestrantes eram deficientes. Thiago Costa, que é pedagogo e ativista, tem paralisia cerebral e estava representando a comunidade dos deficientes físicos. Para ele, a forma como a família age, quando descobre a deficiência de sua criança, é muito importante, pois só conseguiu superar os desafios e quebrar as barreiras, graças a maneira como sua mãe sempre o tratou, respeitando suas limitações, mas, sem vê-lo como incapaz. O ativista, também trouxe para o debate, a necessidade de garantia dos direitos da pessoa deficiente. "Os direitos existem, eles estão aí, o que falta é termos a garantia de usufruí-los, que nos assegurem o uso deles", disse o ativista.

    Luan Gusmão, representante da comunidade surda, é biólogo. Acompanhado de sua mãe e intérprete, Leila Gusmão, ele falou das dificuldades, que os surdos enfrentam no ambiente educacional, desde a alfabetização, até mesmo na faculdade, além da falta de oportunidade de emprego, pois as empresas não estão preparadas para recebê-los. Leila, ressaltou a necessidade de um acompanhamento intensificado nas escolas. "Eles precisam de apoio durante todo o turno, não apenas, naquela hora em que estão no atendimento especializado do AEE", desabafou.

Foto: Blog Noticiar

  Uma das participantes, que estava na plateia, falou sobre a importância da presença das famílias, ditas normais, nesse tipo de evento, para que elas tenham o conhecimento das lutas, que as mães de autistas enfrentam diariamente. Outra, defendeu a importância de criar uma lei, que transforme a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em disciplina obrigatória da grade curricular comum, assim, como Língua Portuguesa.

    Luan agradeceu, aos realizadores da Mesa-Redonda, pelo apoio ofertado a ele e aos surdos presentes. Durante todo o evento, houve uma intérprete de Libras. "Já fui convidado a vários debates, iguais a este, mas, eles nunca tinham alguém para me dar o suporte necessário. Eu tinha que contyar apenas com minha mãe", afirmou o biólogo.

     

    SERVIÇO: 

    Instagran: gfaptea_sip

    Presidente: Suellen Brito (91 99215-7515)