Segundo especialistas, o Arco-íris duplo é um fenômeno raro e é causado pela ‘dupla reflexão’ dos raios de sol dentro da gota de chuva.
Por Elma Asobrab
Se um arco-íris duplo é um fenômeno raro, imagine se ele aparece no dia do Círio de Belém, o primeiro sem procissão, em um ano atípico que o mundo passa por uma pandemia e que o Brasil vive um dos seus piores momentos políticos, cheio de polarização e "potoca news".
Pois é, este ano de 2020 nos trouxe muitas tristezas. Um desgoverno recheado de retrocessos. Uma pandemia (Covid-19) que ceifou milhares de vidas e como consequência um Círio de Belém sem as tradicionais procissões, sem o mar de gente enfeitando as ruas da capital paraense. A 228ª Edição do Círio de Nazaré, com tema “Ave Maria, cheia de graça”, aconteceu no dia 11.10 de forma virtual através dos Meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém.
O triplo evento possibilitou não apenas lindos clics, registrados através do olhar de alguns jornalistas que estavam em Belém, como a reflexão quanto a esperança e fé em dias melhores.
A jornalista Esperança Bessa diz que o arco-íris é a síntese deste Círio. Ele trouxe além da beleza, um significado puro, quase ingênuo, de que há um pote de ouro no fim de tudo. Uma mensagem e tanto nesses tempos que vivemos de tanto medo, doença, morte, desemprego, fome, desesperança. Um Círio em que a gente não viu a Santa, mas que ela mostrou que está lá em cima olhando por nós, complementa. Em resposta à Esperança, a também jornalista Tâmara Monteiro diz que, o arco-íris duplo significa esperança. Sem trocadilhos, afirma. 😉
Já Dani Franco faz uma análise mais cheia de religiosidade. "Na verdade, o real significado do arco-íris é a aliança de Deus com os homens. O primeiro arco-íris surgiu após o dilúvio universal como uma provas de Deus de que não enviaria um novo dilúvio na Terra. Eu sinto isso nesse arco-íris duplo da Basílica, da cidade. A aliança superior de que, mesmo sem a imagem, a presença divina continua em Belém", explana a jornalista.
Clic da jornalista Carol Pombo |